Não há paz. Mar de águas turbulentas, um navio quase naufragado e um último tripulante. Em meio à tempestade, navegação complicada, tão cheia de chuva, e o sol nunca aparece em meio ao arco-íres. Às vezes há uma surpresa e lá longe no horizonte se esconde o astro rei, a luz em meio a escuridão, o fogo, tão esperado, tão desejado, final feliz, nunca vem.
Pairam nuvens sobre o mar mesmo quando as águas estão calmas. – O que fazer? – Pergunta o tripulante, na esperança de que surja alguma solução pro seu navio desgastado. Se até a rocha é esculpida pela água, que chance teria um navio sem forças para enfrentar uma tempestade? Não há chances, o navio sempre afunda. 



Anna Luisa Pires